terça-feira, 19 de agosto de 2014

Canção do Amor Imprevisto






18/08/2014

"Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esse teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita
A súbita alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos!"

Mario Quintana

   






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